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Paris x Mona Lisa

Uma certeza que posso oferecer: tudo o que você já escutou sobre Paris é verdade… E, ao mesmo tempo, uma mentira! Mesmo sendo uma contradição, a capital da França é a resposta para a pergunta: “Qual a cidade que eu não posso deixar de conhecer?!” Sim, ela é única, como Veneza ou Roma, mas todo o valor que centenas de pessoas, ilustres ou não, agregaram ao nome, transformaram Paris em uma experiência de valor incalculável, assim como um dos seus maiores ícones: a Mona Lisa! Como mencionei a obra, é complemente viável associar as características do quadro de Leonardo da Vinci diretamente com Paris.

A fama: a obra iniciou sua fama mundial em 21 de agosto de 1911, quando foi roubada por um funcionário do museu. Dois anos depois, a obra foi encontrada na Itália. O ladrão, Vincenzo Peruggia, acreditava que o quadro deveria voltar para o seu país. Desde então, a pintura foi retratada por diversos artistas e estampada em todo tipo de produto; Jean Monnet, Julio Verne, Pierre-Auguste Renoir, Montesquieu, Picasso, Toulouse Lautrec, Victor Hugo, Piaf, Claude Monet, Gustave Eiffel, Napoleão Bonaparte… Filósofos reconhecidos, artistas de fama incontestável, personalidades imortais, enalteceram Paris como um local sublime. Não há como contestá-los!

A "pequena" Mona Lisa

A “pequena” Mona Lisa

A dimensão: A Mona Lisa possui 77cm x 53 cm, algo surreal em comparação com a grandiosidade que o mundo oferece à obra. Muitos deixam o Museu do Louvre decepcionados com esse pequeno – sem trocadilho – detalhe; Paris é uma cidade de pequenas dimensões e, com suas fantásticas e eficientes linhas de metrô, você consegue conhecê-la rapidamente, em poucos dias.

A aglomeração: Dezenas – e, dependendo do horário, centenas – de pessoas se espremem para ver o quadro. Nenhuma outra obra da sala importa. Em frente à Mona Lisa está exposta a magnífica, e de proporções gigantescas, “As bodas de Caná”, de Paolo Veronese. Uma ou outra pessoa oferece uma pequena e breve atenção a belíssima pintura para rapidamente voltar à Mona Lisa; Os turistas entram em um frenesi desesperador pelos pontos turísticos mais conhecidos e esquecem aqueles locais não mencionados em guias que podem, realmente, converter a viagem em uma experiência inesquecível. Às vezes, é salutar esquecer o óbvio!


A beleza:
Fato amplamente comentado! A Mona Lisa é feia, ou bonita?! O quadro é uma obra-prima ou um jogo de marketing? Ao vê-la, as suas concepções a julgarão. Ao contemplar a obra, escutei a conversa de dois rapazes: “Muito feia… Não vale o ingresso”. Em contrapartida, uma moça disse ao namorado: “É linda!”; Muita expectativa pode gerar uma grande decepção. Paris é uma cidade lindíssima, mas possui dezenas de problemas ou pontos que podem induzir a formação do seu conceito sobre o local. O trânsito caótico, as bolas de sujeiras no interior do Louvre, os locais completamente lotados… Um sentimento de amor, com pitadas de ódio, como o chocolate: sabemos que engorda, mas alguém deixa de comer?!

O pôr do sol no rio Sena

O pôr do sol no rio Sena

No meu último dia em Paris, ao voltar de um belíssimo espetáculo, me debrucei em uma ponte para contemplar a beleza do pôr do sol. Nesse exato momento, um saxofonista começou a tocar uma melodia. A cidade escurecendo, as pontas dos prédios com a cor dourada, os barcos navegando no rio Sena… Assim como não podemos contestar alguns fatos, não podemos fazer o mesmo com as grandes emoções!

 

Autor: Márcio Carvalho Jardim

É escritor e administra os blogs "Tô indo para a Itália" e "Tô indo para a França". É autor do livro/guia "Tô indo para a Itália" e o seu próximo, sobre sua viagem para a França, está previsto para lançamento em agosto/2014.

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