Nova autorização para entrada de brasileiros na Europa
O chamado Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem (ETIAS, na sigla em inglês) foi criado pela Comissão Europeia com o objetivo de aumentar a segurança das fronteiras do espaço Schengen. Assim como combater o terrorismo de que o velho continente tem sido alvo nos últimos anos e a crise migratória. Mas como funciona exatamente o ETIAS e o que vai mudar para os brasileiros com a implantação deste novo sistema? Brasileiros precisarão de cadastro para entrar na Europa O ETIAS é uma autorização eletrônica de viagem que foi lançada como nova medida de segurança das fronteiras da Europa. O ETIAS valerá para todos os cidadãos extracomunitários que anteriormente estavam isentos de precisar de visto para entrar na Europa, incluindo os brasileiros. O modelo é similar ao do já popular ESTA dos Estados Unidos. O ETIAS coletará dados dos viajantes antes destes pegarem o avião, permitindo assim que a União Europeia determine se a sua presença representará ou não um risco para a segurança do bloco, podendo impedir a sua entrada. Como pedir a nova autorização de viagem europeia? Para se cadastrar no sistema ETIAS e pedir a nova autorização de viagem europeia, o viajante deverá preencher um formulário online com os seus dados pessoais tais como nome, sobrenome, data e local de nascimento, país de nascimento, endereço, e-mail, telefone de contato e o país de entrada ou os países que pretende visitar dentro do Espaço Schengen. Também terá que responder a um pequeno questionário sobre questões de segurança e de saúde e pagar a taxa de processamento. Para preencher este formulário, estima-se que o viajante não deve demorar mais de 10/20 minutos. O único documento necessário para pedir o ETIAS será o passaporte válido. No caso de menores de 18 anos, deve ser o responsável legal que terá que pedir a autorização de viagem europeia. As informações fornecidas de cada viajante serão introduzidas automaticamente no sistema ETIAS e, comparadas entre todas as bases de dados de segurança da UE que compõe esta rede. Desta maneira as autoridades do Espaço Schengen poderão determinar se existem motivos, ou não, para emitir a autorização de viagem. Caso não exista necessidade para uma análise mais aprofundada e, o viajante não represente uma ameaça, o visto para a Europa será emitido automaticamente em questão de minutos. Espera-se que assim aconteça na grande maioria dos pedidos. No entanto, se existir algum alarme ou algum elemento que tenha de ser analisado, o pedido será processado manualmente pelas autoridades competentes e a resposta será emitida uma vez esta análise esteja terminada. Uma vez aprovado, o ETIAS será válido por 3 anos e servirá para múltiplas entradas no velho continente. Ele terá um prazo máximo de 90 dias por cada 180 dias, o que quer dizer que por cada 6 meses você pode permanecer 3 dentro...
Culinária norueguesa
Ingredientes tradicionais, métodos modernos Um pequeno país com uma das maiores linhas costeiras do mundo, a Noruega é conhecida por seus fiordes profundos, com águas puras e gélidas. Não surpreende o fato de que pescar e preparar peixes de primeira qualidade sempre foi grande parte da cultura norueguesa. Historicamente, o bacalhau foi o maior produto de exportação – atualmente o destaque fica por conta do salmão fresco e do bacalhau do ártico. Nas florestas e montanhas da Noruega abundam as amoras selvagens e frutas para a preparação de geléias, sucos e a famosa sobremesa, multekrem – amoras árticas e creme de chantilly. Atualmente, ocorre um ressurgimento de comidas locais, como o queijo, carnes, grãos e legumes, tradicionalmente preparados em pequenas propriedades rurais locais. A tempoarada anual de caça contribui trazendo carnes de alce, veado e rena para as mesas de jantar, muito embora a carne de carneiro seja a mais popular no cardápio. Carne curada, sobretudo o fenalår – pernil seco e salgado de carneiro – é uma iguaria e, durante o outono, os noruegueses comem fårikål, carneiro cozido com repolho e pimentões. Almôndegas são pratos populares durante a semana, mas, aos fins de semana e férias, alguns ensopados como rømmegrøt (como base num molho amargo, creme de leite e manteiga) e mingau de arroz. Conhecido pelo sabor doce, caramelizado e marcante do brunost – queijo coalhado marrom – é um dos grandes triunfos da culinária norueguesa, que acompanha pães de alta qualidade – ou os waffles noruegueses, populares no aconchego dos chalés e cabanas nas trilhas de esqui cross-country e nas montanhas, onde fazem parte da atmosfera local. Quer fazer um cruzeiro incrível pelos fiordes noruegueses? Clique aqui e veja o roteiro exclusivo que preparamos para você! Comidas festivas: O que os noruegueses comem no Natal Os noruegueses são fiéis às tradições natalinas. Entretanto, existem uma variedade de produtos locais que competem por destaque nos cardápios festivos. Conheça alguns exemplos dos pratos mais comuns durante o Yuletide: Ribbe: Toucinho de porco assado, normalmente servido com sauerkraut e batatas cozidas, salsichas de Natal, almôndegas e molho de carne. Comida em pelo menos seis de cada 10 casas, principalmente em Trøndelag e Leste da Noruega. Pinnekjøtt: Costelas de carneiro salgadas e, às vezes, defumadas. Tradicionalmente, as costeletas eram cozidas sobre galhos de vidoeiro – o que originou o nome (“Pinnekjøtt” que se traduz como “carne de galho”). Esta é a segunda escolha mais popular entre os noruegueses na Noite de Natal, sobretudo no litoral da região Oeste. Lutefisk: Bacalhau seco imerso em água e lixívia (um método de conserva dos velhos tempos), que então é cozida no forno. Acompanhamentos típicos incluem batatas, bacon, ervilhas e mustarda. Multekrem: Sobremesa...
Saiba algumas curiosidades sobre a pista de Nürburgring
A inauguração oficial do circuito de Nurburgring ocorreu em 18 de junho de 1927. A construção começou em 1925 e demandou a mão-de-obra de cerca de 3 mil trabalhadores. O primeiro GP de F1 disputado em Nurburgring foi em 1951. A Ferrari foi a vencedora com Alberto Ascari, o maior ídolo do automobilismo italiano em todos os tempos. Ascari estabeleceu um recorde que até hoje não foi alcançado: venceu nada menos que nove provas seguidas. O pentacampeão de F1 Juan Manuel Fangio marcou a volta mais rápida da primeira corrida de F1 disputada no circuito, com o tempo de 9min55seg08 e uma velocidade média de 137.921 quilômetros por hora. A justificativa para um tempo tão longo não era apenas os carros, mais lentos, mas principalmente a extensão da pista, que naquela época era de 22,8 quilômetros. Hoje, com 5,15 quilômetros, o tempo caiu consideravelmente. Em 2007, a melhor volta foi de Felipe Massa, com 1min32s853. Em 1973, a Ford contratou dois dos melhores pilotos da atualidade para fazerem dupla em uma prova de turismo. Emerson Fittipaldi e Jackie Stewart pilotaram um Ford Capri nos 1000 km de Nurburgring, mas acabaram abandonando a prova antes do final. Em 1976, o piloto austríaco Niki Lauda sofreu um grave acidente em Nurburgring, O carro que pilotava pegou fogo em um acidente e Lauda sofreu queimaduras muito graves. A primeira prova de F1 realizada no traçado menor de Nurburgring aconteceu em 1984, o GP da Europa e o vencedor foi Alain Prost. No ano seguinte a pista recebeu o GP da Alemanha e a vitória ficou com Michele Alboreto. O único brasileiro a vencer uma prova de F1 nesta pista foi Rubens Barrichello, com a Ferrari em 2002. ...
A cidade para se ver… Antes de morrer!
A pergunta: “Se eu possuísse apenas uma passagem durante a minha vida, qual cidade deveria conhecer?”. A romântica e eterna Paris? A encantadora e fervilhante Sevilha? Ou, quem sabe, o museu a céu aberto encontrado em Roma?! De todas que conheci, eu diria apenas uma palavra: Veneza! A cidade localizada na Lagoa de Veneza, no Mar Adriático, possui 177 canais, 409 pontes e 120 ilhas. Construída sobre milhares de pilares de madeira – que, submersos e sem contato com o ar, não apodrecem -, Veneza possui um único meio de transporte: barcos. Confesso: no dia que parti para Veneza a tensão era imensa. Degustei meu último café em Verona, entrei no trem e segui viagem. Não consegui descansar nem um minuto durante o percurso. Meus olhos estavam “grudados” na janela. Ao chegar a Veneza Mestre, um tremor começou em minhas mãos, que já estavam frias. Ao atravessar a Ponte della Libertá – que liga o continente com Veneza –, minha emoção aumentou ao vislumbrar as primeiras cenas da cidade. Ao desembarcar na estação Santa Lucia, não segurei e, como uma criança que recebe o presente de Natal que pediu o ano inteiro, chorei. Quem já realizou esse sonho, ao ler a primeira frase, irá compreender perfeitamente. Entrei no primeiro Vaporetto – os barcos utilizados para transporte – e segui em direção ao hotel. O que mencionam sobre a cidade é verdade: existem dezenas de vielas e pequenas ruas estreitas. Um fator é claro: um mapa não ajudará muito e, pode ter a certeza, você irá se perder. Mas não se preocupe: as ruas principais, os bairros e os pontos turísticos são todos muito bem sinalizados, de qualquer parte da cidade. Um conselho: reserve um hotel o mais próximo possível de um ponto turístico famoso. Assim, a localização será mais fácil. Virando uma viela, contornando outra, atravessando uma pequena ponte, virando para a esquerda, direita, esquerda novamente e… cheguei a Piazza San Marco. Definitivamente, é o lugar mais frequentado da cidade e foi descrita por Napoleão como “a mais elegante sala de estar da Europa”. Ponto de encontro de turistas, fotógrafos, poetas e artistas, há dezenas de cafés e restaurantes que compõem a estrutura e o fluxo de pessoas é constante, mesmo à noite. Ah, uma particularidade: durante o almoço, senti o restaurante mexer, levemente, indo de um lado para o outro. Depois constatei que toda a cidade balança. Óbvio! Algo construído em cima do mar seguirá o mesmo ritmo. No hotel, a sensação foi um pouco desconfortável, principalmente na cama. Se eu estivesse em um barco, a questão estaria resolvida… Mas eu estava no térreo de um prédio de...
O luxo de Versailles
Qualquer turista sentirá uma agitação diferente no dia em que visitar Versailles. Há um magnetismo único no mais famoso château (castelo) da França, em uma proporção semelhante ao seu tamanho. Em qualquer guia ou site está escrito para você não deixar de visitar o Château. O local foi construído como um “mundo paralelo” luxuoso para a corte francesa, que ignorava a situação deplorável da população. Algo ainda familiar atualmente. Como chegar a Versailles? Fácil! O trem que leva até o château não faz parte da rede de metrôs de Paris, ou seja, você precisa comprar um novo bilhete (igual ao do metrô). Opções de transporte: 1) nas estações de metrô de Paris onde passa o REC C (que leva ao castelo), você deve descer na estação Versailles Rive Gauche, a mais próxima do castelo; 2) da estação de trem Gare Montparnasse em Paris, você deve descer na estação Versailles Chantiers; 3) da estação Sant-Lazare em Paris, você deve descer na estação Versailles Rive Droite. Versailles é o maior símbolo de ostentação e ícone do poder absoluto da monarquia francesa, sendo o centro do poder do rei Luis XIV, o Rei Sol. Construído no local de um pavilhão de caça de Luís XIII, o palácio realizou o desejo do rei de deixar toda a corte ao seu redor. Em 1661, Luís XIV iniciou os primeiros passos para a realização do complexo. Confiou os trabalhos a Charles Le Brun e Louis Le Vau. Para realização dos jardins e parque, foi escolhido o paisagista André Le Nôtre, responsável pelo projeto dos Jardins des Tuileries. Após a morte de Louis Le Vau, Jules Hardouin-Mansart assumiu o posto e deu continuidade aos trabalhos, alterando completamente as dimensões do palácio. Com a morte de Luís XIV, a corte se estabeleceu em Vincennes e depois, Paris. Em 1722, Luís XV solicitou o retorno para Versailles. Com a Revolução Francesa, o palácio perdeu seus móveis, mas a construção permaneceu intacta. Após a morte de Luís XVI e Maria Antonieta na guilhotina, o complexo passou por períodos de incertezas quanto ao seu destino. Luís Filipe transformou o local em um museu dedicado à França, não concluído em sua totalidade devido à queda da monarquia em 1848. Após ser palco de vários acontecimentos históricos, atualmente Versailles, com seus 830 hectares, 2.143 janelas, 50 fontes e 20 km é uma das principais atrações francesas. Ao entrar, um choque visual: a magnitude do palácio não se observa apenas nas dimensões do exterior. O luxo do interior é algo inacreditável, com um trabalho exagerado na decoração e em detalhes que deixariam qualquer escola de samba com inveja. “Tudo em excesso faz mal”,...
As ilhas de Paris
As ilhas de Paris Na extensão do rio Sena há duas ilhas. Uma delas, em forma de barco, foi o local onde Paris nasceu. No século III a. C., os parisi, uma tribo celta, se fixou na ilha. Ao longo dos anos, defenderam o seu habitat até a chegada dos romanos, que transformaram o local em uma típica cidade romana, expandindo-a para as margens do rio. Em seguida, os francos dominaram o local, tornando-o um grande pólo comercial, sendo muito cobiçada por outros reinos. Assim, surgia uma das maiores cidades da Europa Ocidental. Mas não se engane! Mesmo analisando mapas, publicações, fotos, livros e guias sobre as ilhas, minha idealização das proporções eram muito distantes da realidade. Pequenas e compactas, as Îlle de La Cité e a Îlle de Saint Louise podem ser facilmente conhecidas em minutos. Enquanto a La Cité abriga relíquias como a Saint Chapelle e a Catedral de Notre Dame, a de Saint Louis é residencial, com bela arquitetura e um estranho silêncio. A Saint Chapelle é um ponto turístico que não pode faltar em seu roteiro. Uma magnífica obra-prima do estilo gótico, foi projetada em 1241 e as obras iniciaram em 1246. Concluída rapidamente, foi construída pelo rei Luís IX para servir de capela do palácio real. Nessa época, o culto às relíquias de Cristo era muito popular e os reis tornaram-se grandes colecionadores desses objetos. Para santificação da igreja, o rei comprou do rei bizantino Balduíno II a suposta coroa de espinhos de Cristo. Informações afirmam que o objeto custou um valor maior que o utilizado na construção da igreja. Composta por dois andares, as verdadeiras relíquias do local são os belíssimos vitrais, com 1113 cenas que contam a história da humanidade através da Bíblia. O outro símbolo da ilha não preciso dizer para estar em seu roteiro porque, provavelmente, já estará. A Catedral de Notre Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais góticas da França e é o ponto central de Paris. A área já foi ocupada por outras construções religiosas. Em 1160, o bispo Maurice de Sully, focado em transformar a cidade em um grande pólo religioso, decidiu construir uma igreja digna da cidade. Três anos depois é iniciada a construção da catedral, levando quase dois séculos para ser finalizada. Após se deslumbrar com os dois monumentos, atravesse a Pont St-Louis, que faz a conexão com as duas ilhas. Imediatamente percebe-se a diferença: não há carros pelas ruas e pouquíssimas pessoas caminham por elas. Segui pela rua central da ilha, a Rue St-Louis em I’îlle. Para acompanhar o passeio, um sorvete é uma excelente opção. É na rua citada que...